Os sofistas / Gilbert Romeyer-Dherbey ; [trad. João Amado]
Main Author Romeyer-Dherbey, Gilbert, 1934- Publication Lisboa : Edições 70, D.L. 1999 Description 124 p. ; 21 cm Series Biblioteca básica de filosofia , 31 ISBN 9724406490 Abstract O sucesso histórico do pensamento platónico-aristotélico, que constitui a ossatura da metafísica ocidental, lançou na sombra os testemunhos favoráveis aos sofistas. Assim, estes tornaram-se pensadores malditos. O próprio nome de sofista, que significa sábio, foi desviado do seu sentido original e tornou-se sinónimo de possuidor de um falso saber. E no entanto, nada mais falso do que esta imagem. Os sofistas surgem com o desenvolvimento das instituições democráticas gregas: a conquista do poder passou a exigir um perfeito domínio da linguagem e da argumentação, já que se tornava necessário persuadir e explicar. É por isso que os sofistas saíam da classe média e eram, em geral, mais favoráveis à democracia. Por outro lado os sofistas foram profissionais do saber. Foram os primeiros a fazer da ciência e do ensino uma profissão e um meio de subsistência. Neste sentido inauguraram o estatuto social do intelectual moderno. Topical name Filosofia clássica CDU 141.1Item type | Current location | Call number | Status | Date due | Barcode |
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Monografia | Biblioteca Municipal de Ponte de Lima | 141.1 ROME | Available | E00601021546 |
O sucesso histórico do pensamento platónico-aristotélico, que constitui a ossatura da metafísica ocidental, lançou na sombra os testemunhos favoráveis aos sofistas. Assim, estes tornaram-se pensadores malditos. O próprio nome de sofista, que significa sábio, foi desviado do seu sentido original e tornou-se sinónimo de possuidor de um falso saber. E no entanto, nada mais falso do que esta imagem. Os sofistas surgem com o desenvolvimento das instituições democráticas gregas: a conquista do poder passou a exigir um perfeito domínio da linguagem e da argumentação, já que se tornava necessário persuadir e explicar. É por isso que os sofistas saíam da classe média e eram, em geral, mais favoráveis à democracia. Por outro lado os sofistas foram profissionais do saber. Foram os primeiros a fazer da ciência e do ensino uma profissão e um meio de subsistência. Neste sentido inauguraram o estatuto social do intelectual moderno.
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