A educação do estoico : o único manuscrito do Barão de Tieve / Fernando Pessoa ; ed. Richard Zenith
Main Author Pessoa, Fernando, 1888-1935 Publication Porto : Assírio & Alvim, 2018 Description 69 p. ; 20 cm Series Pessoa breve ISBN 9789723720440 Contents note 1.º vol.: 477 p Abstract Esta obra inédita de Fernando Pessoa é uma surpreendente crónica pessoal e único manuscrito atribuído ao seu semi-heterónimo Barão de Teive. Pessoa descreve a escrita deste, comparando-a à de Bernardo Soares, nos seguintes termos: "[…] são ambos figuras minhamente alheias - escrevem com a mesma substância de estilo, a mesma gramática, e o mesmo tipo e forma de propriedade: é que escrevem com o estilo que, bom ou mau, é o meu. Comparo as duas porque são casos de um mesmo fenómeno - a inadaptação à realidade da vida e, o que é mais, a inadaptação pelos mesmos motivos e razões. Mas ao passo que o português é igual no Barão de Teive e em Bernardo Soares, o estilo difere em que o fidalgo é intelectual, despido de imagens, um pouco, como o direi?, hirto e restrito. […] O fidalgo pensa claro, escreve claro, e domina as suas emoções, se bem que não os seus sentimentos […]." Criado para receber e carregar o fardo insustentável da lucidez de Pessoa, o Barão de Teive acaba por sucumbir aos conflitos que o habitam e suicida-se.. Topical name Literatura portuguesa CDU 869.0Item type | Current location | Call number | Status | Date due | Barcode |
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Monografia | Escola Secundária de Ponte de Lima | 869.0 PESS | Available | E00601158996 |
1.º vol.: 477 p.
Esta obra inédita de Fernando Pessoa é uma surpreendente crónica pessoal e único manuscrito atribuído ao seu semi-heterónimo Barão de Teive. Pessoa descreve a escrita deste, comparando-a à de Bernardo Soares, nos seguintes termos: "[…] são ambos figuras minhamente alheias - escrevem com a mesma substância de estilo, a mesma gramática, e o mesmo tipo e forma de propriedade: é que escrevem com o estilo que, bom ou mau, é o meu. Comparo as duas porque são casos de um mesmo fenómeno - a inadaptação à realidade da vida e, o que é mais, a inadaptação pelos mesmos motivos e razões. Mas ao passo que o português é igual no Barão de Teive e em Bernardo Soares, o estilo difere em que o fidalgo é intelectual, despido de imagens, um pouco, como o direi?, hirto e restrito. […] O fidalgo pensa claro, escreve claro, e domina as suas emoções, se bem que não os seus sentimentos […]." Criado para receber e carregar o fardo insustentável da lucidez de Pessoa, o Barão de Teive acaba por sucumbir aos conflitos que o habitam e suicida-se..
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