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«(...) Elegendo a poesia, especialmente o soneto, a par de alguns textos - poucos - em prosa, estes mais de caráter publicista e expositivo, [Aníbal Marinho] soube, pelas páginas do periódico "Cardeal Saraiva", durante cinco décadas, fazer da palavra escrita um sublime exercício de ação cívica sobre os mais diversificados assuntos da vida em sociedade, concomitantemente prestando relevante serviço à comunidade local. Fê-lo, sempre pautando pela elegância de uma linguagem elevada, com a mesura própria daqueles que, sendo portadores de uma erudição sólida, sabem que não é pelo desmando que se corrige ou aperfeiçoa a razão da vida e das coisas. Fê-lo, na maior e mais salutar dimensão democrática, reconhecendo o mérito onde ele existiria, exaltando a virtude e o belo dos homens, das ideias e da vida, ao mesmo tempo que não se coibiu de apontar os males dos tempos, tentando corrigi-los ou sobre eles despertando a consciência dos leitores. (...)» - (excerto retirado do prefácio da obra)